Fisioterapia Pélvica

Uroginecologia

Cuidar do assoalho pélvico é cuidar da sua saúde funcional e íntima!


A fisioterapia uroginecológica é uma área especializada da fisioterapia que atua na prevenção, avaliação e reabilitação das disfunções do assoalho pélvico, um complexo grupo de músculos, fáscias e ligamentos responsáveis por sustentar órgãos como a bexiga, útero, reto e estruturas adjacentes.

Quando essa musculatura perde força, coordenação ou controle, podem surgir alterações que comprometem não só a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social da paciente.


Quando procurar tratamento?


A fisioterapia uroginecológica é indicada tanto para mulheres com sintomas já instalados, quanto como forma preventiva, especialmente em fases como a gestação, pós-parto, menopausa ou após cirurgias pélvicas.


Disfunções tratadas:



  • - Incontinência urinária e fecal 

  • - Prolapsos de órgãos pélvicos

  • - Infecções urinárias recorrentes (cistite e infecções de urina de repetição)

  • - Vulvodínia, vaginismo, dispareunia, diminuição da libido, dor ou ardência na região íntima ou durante a relação sexual

  • - Urgência urinária e fecal (desejo súbito e incontrolável de urinar ou evacuar)

  • - Constipação intestinal funcional

  • - Dores pélvicas crônicas (endometriose, coccidínia ou síndrome miofascial pélvica)

  • - Pré e pós cirúrgico de cirurgias pélvicas 

  • - Reabilitação pélvica pós-tratamento oncológico


🔬 O que a ciência diz?


Pesquisas apontam que a fisioterapia pélvica é considerada primeira linha de tratamento para incontinência urinária e outras disfunções do períneo, com resultados expressivos na melhora dos sintomas, qualidade de vida e redução da necessidade de procedimentos cirúrgicos (Bo et al., 2015; Hay-Smith et al., Cochrane Review, 2018).


Além disso, a abordagem individualizada contribui para o restabelecimento funcional da musculatura pélvica, melhora da coordenação motora, percepção corporal e autoconfiança da paciente.


💡 Benefícios do tratamento fisioterapêutico:


✔ Melhora do controle urinário e fecal
✔ Redução da dor pélvica e melhora da função sexual
✔ Regulação da função intestinal
✔ Fortalecimento e reeducação do assoalho pélvico
✔ Prevenção de cirurgias e recidivas
✔ Aumento da qualidade de vida e autoestima


Cuide da sua saúde pélvica com um olhar especializado, humano e acolhedor. 


O tratamento é seguro, personalizado e embasado em protocolos científicos atualizados. 


Importante: A atuação precoce é essencial para evitar a progressão dos sintomas e favorecer a recuperação funcional completa.


👩‍⚕️ Agende uma avaliação e inicie um plano de cuidado que respeita o seu corpo, sua história e seus objetivos. Será uma honra cuidar de você!



📚 Referências científicas:

  1. Bo, K., Frawley, H. C., Hay-Smith, E. J. C., et al. (2017). Pelvic floor muscle function and training: International Urogynecology Association (IUGA)/International Continence Society (ICS) joint report. Neurourology and Urodynamics, 36(2), 514–535.
    👉 Este artigo é uma diretriz conjunta das duas maiores entidades mundiais sobre uroginecologia, abordando a eficácia do treinamento do assoalho pélvico no tratamento das disfunções urinárias e pélvicas.

  2. Hay‐Smith, E. J. C., Herderschee, R., Dumoulin, C., Herbison, G. P. (2011). Pelvic floor muscle training for women with urinary incontinence. Cochrane Database of Systematic Reviews, Issue 12. Art. No.: CD001407.
    👉 Esta revisão sistemática da Cochrane confirma que o treinamento do assoalho pélvico é o tratamento de primeira linha para mulheres com incontinência urinária.

  3. Dumoulin, C., Adewuyi, T., Booth, J., et al. (2018). Adult conservative management. In: Abrams P, et al., editors. Incontinence: 6th International Consultation on Incontinence.
    👉 Um dos consensos internacionais mais importantes sobre o manejo conservador das disfunções urinárias, recomendando fortemente a fisioterapia como abordagem inicial.

  4. Fitzgerald, M. P., Kotarinos, R. K. (2003). Diagnosis and treatment of pelvic floor muscle dysfunction. Physical Therapy, 83(3), 276–288.
    👉 Um artigo clássico que explica como a disfunção dos músculos do assoalho pélvico pode causar sintomas urológicos, intestinais e dor pélvica, e como a fisioterapia pode tratar essas condições.

  5. Rosenbaum, T. Y. (2007). Physiotherapy for female sexual dysfunction. International Journal of Impotence Research, 19(4), 395–403.
    👉 Discussão sobre o papel da fisioterapia no tratamento de disfunções sexuais como vulvodínia e dispareunia.